quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Um país triste com gente triste

Este ano o inverno tem estado de parceria com a tão falada crise, só que as intempereis vêm dirigidas a todos, mas existem os iluminados que se têm aproveitado da ignorância do seu povo para se protegerem das ditas intempereis. Ele é fechar os estabelecimentos públicos de saúde e criar os tão maravilhosos hospitais e clínicas privados onde os não menos maravilhosos médicos já têm tempo para consultas onde o paciente pode referir tudo o que achar importante para que se faça um diagnostico o mais correcto possível e se necessário avançar com os mais inovadores exames. Sim porque para esta clientela dá prazer consultar, não só pelo seu statu, mas também pela sua conta bancária. Com estes magníficos estabelecimentos que têm tudo e nos fazem pagar até o ar que respiramos, é um prazer a pessoa estar doente.
Estava a escrever estas palavras, mas veio-me à ideia se estava a ficcionar ou era mesmo a realidade, sim a realidade era mas de alguns, alguns que sendo de carne e osso como outros, são diferentes vivem na democracia de poder ter o que a outros lhes fazem falta, mas esses outros vivem em democracia de poder trabalhar para a democracia destes, isto por o que é necessário é vivermos todos com a democracia a que cada um tem direito.
E lembrei-me da democracia dos que já foram postos de parte da sociedade os chamados sem abrigo,( não sei o porquê deste nome, porque sempre que os mostram na televisão eles estão muito bem abrigados com os papelões debaixo de alguma escada ou ponte a serem muito bem alimentados, com umas belas sandes e leite quente), estes à luz da democracia quase que seriam considerados uns privilegiados, não trabalham e é gasto bastante tempo e dinheiro para os tratar. É evidente que com estes os cuidados de saúde não podem ser muito grandes porque eles pela vida que levam estão sempre doentes, e seria um desperdício de dinheiro trata-los.
Mas para pôr estas democracias a funcionar não é nada complicado. Convocasse eleições onde se paga para que os diversos grupos dos média defendam o que os partidos dos seus patrões estão a propor, e é evidente que se promete tudo a todos. E no dia das eleições é uma alegria ganham sempre os mesmos, chamam eles a alternância democrática .
Depois começam a governar, e ai as coisas são muito mais complicadas, governar não é para todos, porque se tem ter atenção em não ir contra uns porque esses não aceitam, e contra os outros também não pode ser, senão boicotam tudo, então o melhor é deixar estar tudo como está porque sempre foi assim e se tivéssemos de mudar era uma revolução.
Ainda bem que com o tempo não há democracias destas, senão lá tinhamos de ficar com a democracia da chuva e do vento e os outros com a democracia do sol e da bonança.

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